quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Faça suas escolhas

- Minha vontade era de ligar, sabe..
- E dizer o que?
- Não dizer nada, ouvir ela falar.

Eu aprendo dia-a-dia da maneira mais racional possível a não lidar com segundas opções, por uma explicação bem simples: elas não existem.
Não vai haver outro momento como aquele, essa é a certeza que eu carrego em meio a tanto desespero. Estou retrocedendo, sentimentalmente.  Me culpe você que nunca olhou para trás e viu quanto perdeu, porque deixou escapar por um motivo tão pequeno, apelou por fugir e acabou se perdendo na própria fuga. Ora Deus! Cadê aquele consolo do pai! Sinceramente, eu espero que você não leia isso.
Nós sabemos quão complicado pode ser a decisão de voltar atrás por algo que foi tua culpa ser deixado, é uma decisão que eu questiono, mas que está tomada e eu não voltarei atrás na minha decisão. Meus queridos leitores e amigos, acompanharam aqui uma saga de textos incompreensíveis sobre uma escolha mal tomada. Me deem motivos, não escolhas.. pois acabo sempre escolhendo as mesmas coisas, mesmas coisas erradas.
Agora é tarde demais para voltar, não me questione com um "nunca é tarde", defina sua certeza de tempo. O hoje para mim é tarde, o ontem passou e o amanhã não existe. Então porque fico inconformada escrevendo freneticamente sobre essas perspectivas frustadas de futuro, percebam que eu não apenas escrevo e me coloco no lugar de leitora, então fico me perguntando e me respondendo e no final das contas eu termino um belo interrogatório e um texto incógnita que responde o óbvio e deixa pressuposto o que eu realmente sinto.
Me sinto velha escrevendo textos assim, parece que eu estou aqui cinquenta anos, sentada numa cadeira que range, estou revendo fotos antigas e sorrindo; Quando de repente bate um vento. A foto voa. E gentilmente você está lá frente a mim, como eu te imagino agora e num suspiro toda aquela imagem desaparece e eu desabo ao relento da sacada de casa, enquanto você está por ai.. Eu sei dos meus erros e eu não sei em medidas exatas quanto eu errei ao questionar-me sobre a minha maior certeza. É impagável a dívida comigo mesma, um acerto de contas em que é um débito exclusivamente comigo.
Durante esses meses eu tenho aproveitado tudo o que a vida tem me dado, de que adianta se aqui eu apelo pela única coisa que eu quero e ela tirou de mim, na verdade eu a entreguei para a vida e deixei que fosse.. que não voltasse, partisse de mim e me deixasse. Me deixou, partiu e mesmo assim ficou.
Você foi a escolha mais certa que eu fiz na vida. Te ter de novo seria um erro, não se existe uma segunda chance.. Não está existindo nem chance, quem me dera segunda.. Quem sabe numa segunda qualquer, a gente converse e não mais se fale. Quem sabe numa chance da vida te trás pra mim nega, quem sabe numa segunda eu não embarque para longe daqui e escolha ficar longe.. só pra ter a chance de admirar a escolha que a vida te deu, de não me levar mais pra perto de você.

Música enquanto escrevo: http://www.youtube.com/watch?v=b3c32wBYdU0

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