sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

É tempo de dizer adeus 365 vezes

O ano está acabando, mais um ano. Poderia ser o último da sua vida, o primeiro de muitos para muitas pessoas que vieram a nascer dentro desses trezentos e sessenta e cinco dias. Vendo por um lado o meu lado é meio dramático falar desse jeito "como se fosse a última vez", é que realmente um dia será e quando for será que vamos estar satisfeitos com tudo o que fizemos?Toda retrospectiva de um ano trás surpresas, decepções e expectativa de melhoras. Algo que eu não entendo é essa crença que temos de criar esperanças justo no final do ano, porque não em abril, agosto..tem que ser justo depois que você se ferrou? Não acho isso algo normal.
Nesse ano eu pude terminar e recomeçar várias vezes e não esperei o término do ano para desejar que tudo melhore, se renove. Eu subi a um palco, coisa que a cinco anos eu não sabia a sensação que era. Estive com as melhores pessoas do mundo que guardo comigo para todos os próximos anos. Eu bebi demais, eu fumei muitos cigarros e estive com pessoas erradas. Faz parte. Tudo o que você faz geralmente é pela sua cabeça, então se envergonhar de algo que fez é completamente normal, agora, negar é falta de personalidade e de assumir seus próprios erros.
Eu fui de menina delicada a delinquente, de "aparentemente hétero sexual" para homossexual assumida, eu bati de frente com a minha família, eu precisei do apoio de muita gente e eu estou aqui de pé, eu sei dos meus erros e tive consequências terríveis por comete-los, mas nada disso tirou a minha vontade de mudar. Tive várias decepções amorosas e de amizades, consegui concerta-las e algumas decepções continuaram e outras apenas esclarecidas. Encontrei um amor, melhores amigos e uma nova vida, em dois mil e onze eu consegui mudar minha aparência e me sentir bonita. E esse foi o ano das realizações, mudanças e concretização de sonhos.

A todos que viveram um dois mil e onze intenso, dois mil e doze só tende a ser melhor.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Menage á trois. Eu, coração e razão.

Vou procurar esquecer e pelo bem da minha lucidez seguir em frente. Todos os "eu te amo" vou tratar como jamais ouvidos, todas aquelas tardes de domingo jamais vividas e sempre que eu teimar em me lembrar vou lutar contra todo e qualquer sentimento que se pareça com uma lembrança boa.
Parece até exagero demais, mas é necessário e eu prometo que faço isso por nós, pensando somente em como fomos fortes de lidar com tudo isso. Talvez eu tenha deixado tudo chegar a esse ponto, onde eu precisei apelar para o esquecimento. Nenhum déjá vu a mais. Nenhuma lágrima percorrendo o caminho do rosto, e meu lábio jamais sentirá de novo seu gosto amargo. Enquanto eu me senti forte lutei, quando percebi o mundo desabando eu apenas me protegi. E alguns dizem que eu simplesmente corri do problema e não o enfrentei, mas qualquer um no meu lugar colocaria o rabo entre as pernas daria meia volta e pensaria na besteira que é desafiar alguma coisa que você sabe que não tem emocional para enfrentar.
Eu admito tenho medo de perder, ainda mais quando você tentou vencer e fracassou. Dizem que cada fracasso nos fortalece, não me sinto assim eu fui programada a entender as coisas como realmente são, sem segundas interpretações e falso otimismo. Derrota é derrota, vitória é vitória e covardia é?...Medo de enfrentar.
Deve haver algum motivo pelo qual o coração fique abaixo do cérebro, para que o sentimento jamais ultrapasse a razão. Para que o não seja as vezes mais vantajoso que o sim, para que o para sempre se torne enquanto durar e para que o amor se torne apenas amar.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Me disseram que não pode mais amar

Eu ouvi comentários e as pessoas me procuram para falar que está proibido o meu tipo de amar. Disseram que é um amor inaceitável, e difícil de se compreender e até estão fazendo movimentações, organizações para impedir do meu amor acontecer.
Na televisão as propagandas deixam explicito a sua opinião: homem + mulher + amor = família e o meu amor que não tem outro homem, não forma uma família? Eu fico chateada cada vez que eu ouço alguém dizer que ama a pessoa que está ao seu lado e eu fico com cara de tacho por não poder amar a minha maneira.
Será que esse tipo de amor é mesmo um amor tão proibido assim, tão errado e ofensivo a quem não o sente. Na verdade quem não sente esse tipo de amor e o reprime nunca deve ter realmente amado uma pessoa. Tudo o que eu quero é sorrir enquanto caminho de mãos dadas com quem eu escolhi amar a minha maneira, comum e rotineira apenas voltada para o amor.
Por mais que haja pessoas que me defendam e que apoiem a minha, a nossa causa do amor nunca parece ser o suficiente, sempre estamos sendo colocados como minoria. Ignorantes, as pessoas que acham que eu não posso amar como todos amam, sim eu posso e vou.
E se você político, religioso, ignorante ou desconhecedor do amor tentar me impedir, somos muitos, somos tantos e fortes, resistentes e guiados por sorte, sorte de poder amar e não julgar quem faz o mesmo.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

As melhores coisas da sua vida vão acontecer quando você não estiver esperando por elas, na verdade a maioria das coisas no mundo é assim.
E os melhores momentos não são planejados, mas numa segunda feira a noite pode parecer mais incrível do que muito evento por ai. Não querendo fazer apologia a nada, mas eu acho que uma segunda com café, cigarro e sua melhor amiga é uma das poucas coisas que ainda me fazem sorrir. Levando em conta que eu vivo um ótimo período da minha vida onde tudo se encaixa perfeitamente no seu lugar, recolocar a minha amizade está fazendo com que esse período se estenda ainda mais.
Um amor, tudo o que eu precisava e hoje eu tenho. Minha melhor amiga, tudo o que eu sempre tive e hoje eu compartilho nessa roda de sentimentos, nesse círculo interminável de acontecimentos emocionais.
Quando eu paro para pensar como esse ano de 2011 passou de uma maneira tão boa eu agradeço a Deus por isso, por ter me atendido e me dado tudo o que eu pedi. Não era muita coisa, eram coisas essenciais que eu pude ser presenteada. Já ouviram aquele ditado que diz "A melhor espiga de milho sempre vai para o pior porco", as vezes sinto como se isso fizesse todo sentido.
Não que eu seja uma pessoa ruim, desmerecedora de qualquer graça, mas eu aprendi muito a zelar por tudo aquilo que tenho e não deixar ir embora as coisas que eu adquiri e dar valor aquelas que eu consegui facilmente. Perder é uma coisa para fracos e eu passei um bom tempo da minha vida me sentindo fracassada.
E como diz a música do Charlie Brown Jr: "Podem me tirar tudo o que tenho, só não podem me tirar as coisas boas que eu já fiz para quem eu amo." Ainda não posso me despedir de 2011 faltam 25 dias ainda, decisivos vinte e cinco dias que preciso usar para finalizar projetos, esclarecer assuntos mal resolvidos e me focar em novos ideais para o próximo ano. E não, eu não acredito que 2012 seja o fim de tudo -eu ainda não vou ser maior de idade- as pessoas ficam inventando pretextos para acabarem com as suas merdas de vidas, eu não quero acabar com a minha e eu mal comecei a planejar as coisas. Se o mundo pensa que ele vai acabar antes da minha maior idade, do meu ensino superior e de morar sozinha, ele está muitíssimo enganado porque eu ainda pretendo viver muitos e muitos anos após 2012 e eu vou sobreviver, você também vai.
A minha vida tem sido construída com uma boa base, uma estrutura sólida e bom acabamento e se um dia eu cair não vou poder me arrepender daquilo que não fiz. Eu faço tudo para dar certo e se algum dia der errado eu mando todo mundo ir se foder. Minha vida não é vídeo game e não tem restart, eu não conheço game over eu faço por merecer, eu ganho para sobreviver e eu vivo para ser feliz.